Rastreamento de osteoporose em mulheres após a menopausa
Osteoporose é uma doença bastante prevalente na sociedade e uma causa frequente de consultas com endocrinologista. Se caracteriza por uma alteração da arquitetura mineral óssea, aumentando o risco de fraturas. As fraturas osteoporóticas, principalmente as de quadril, estão associadas a limitações de mobilidade, maior dependência para atividades diárias e piora significativa da qualidade de vida.
Vários estudos já demonstraram redução da incidência de fraturas com o tratamento medicamentoso para mulheres na pós menopausa com densidade mineral óssea menor ou igual a -2,5DP ou com histórico de fratura vertebral, assim como para adultos maiores de 50 anos com passado de fratura de quadril.
Para avaliar a densidade mineral óssea é usada a densitometria óssea, onde as regiões lombar (L1 a L4) e do quadril (colo do fêmur e total) são analisadas e comparadas com a média do grupo controle (mulheres jovens e brancas). Há, no entanto, controvérsia sobre a indicação de rastreamento de mulheres pós menopausa que tenham menos que 65 anos e acredita-se que nesta faixa etária é importante acrescentar critérios adicionais para se definir realmente qual grupo (entre aquelas pós menopausa com menos de 65 anos) se beneficiará deste rastreamento.
Os fatores de risco mais comuns são baixo peso, historia familiar, tabagismo, sedentarismo, alcoolismo, uso crônico de corticóide e artrite reumatóide. Existem algumas ferramentas online que ajudam a interpretar e quantificar estes fatores de risco através da pontuações, sendo 2 exemplos o FRAX e o OST (osteoporosis self-asessment tools). O FRAX, apesar de mais completo e mais difundido entre endocrinologistas em Belo Horizonte, se mostrou inferior ao OST para predizer quais mulheres em pós menopausa com menos de 65 anos tem osteoporose, quando realizada a densitometria óssea.
Desta forma, os autores do artigo publicado no JAMA (publicação online em 09 de janeiro de 2020) concluem sugerido que o OST fosse o método de escolha para selecionar quais mulheres com menos de 65 anos e na pós menopausa devem ser investigadas com dentitometria óssea.
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Henrique Najar